Pesos amostrais

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Uma amostra é um subconjunto de uma população (ou Universo) que, apesar de possuir um tamanho reduzido, geralmente tem propriedades que a permitem reproduzir as características do todo. Isso significa que geralmente as quantidades presentes na amostra espelham, em miniatura, aquelas da população. Ou seja, desejavelmente, temos na amostra proporções semelhantes às encontradas no universo.

Numa amostra de 25% da população, apenas um em cada quatro indivíduos foram entrevistados. Isso significa que cada pessoa "vale por quatro" -- que se o tamanho da amostra for multiplicado por quatro, teremos uma estimativa do tamanho da população. Nesse caso, se temos o objetivo de estimar os totais populacionais, devemos ponderar os indivíduos por um fator de expansão (que, neste exemplo, será igual a 4).

No entanto, eventualmente, as amostras podem sobre-representar determinados grupos ou regiões e sub-representar outros -- tendo em vista, por exemplo, garantir a presença de certos atributos de incidência rara ou até mesmo manter estáveis e comparáveis os erros e imprecisões amostrais entre grupos. Em casos como esses, é preciso corrigir as desproporções amostrais, fazendo os grupos sobre-representados assumirem uma importância menor e os grupos sub-representados assumirem uma importância maior -- e, assim, as proporções originais são reestabelecidas.

Os pesos amostrais dos Censos Demográficos cumprem essas duas funções: contém fatores de expansão, que permitem estimar totais populacionais, e corrigem desproporcionalidades propositais devidas ao desenho amostral. Toda e qualquer operação utilizando as amostras dos Censos Demográficos devem ser realizadas com uso de pesos, caso contrário, as desproporções efetivamente existentes introduzirão viéses nos resultados.